Desde seu lançamento em 2005 a Yamaha Fazer YS250 mantém
posição de destaque no mercado brasileiro.
Primeira motocicleta de “baixa” cilindrada e de fabricação
nacional a receber o sistema de alimentação por injeção eletrônica de
combustível, ela atende plenamente seus consumidores pelo desempenho e
economia. Considerada sonho de consumo para muitos motociclistas urbanos, a YS
250 Fazer surpreende positivamente por seu desenho moderno e intrigante.
A Fazer YS250 foi pioneira em injeção eletrônica nas baixas
cilindradas
A começar pela tecnologia presente em itens antes só
disponíveis em motocicletas maiores, como a própria injeção eletrônica, o
pistão forjado e o cilindro com revestimento cerâmico e freio a disco também na
roda traseira, ela tem desenho com linhas modernas e destaca-se pelo
desempenho, dirigibilidade e baixo consumo. A YS250 “veste” bem e logo na
primeira volta e o motociclista já está confortável sente-se absolutamente
seguro na pilotagem. Apesar de monocilíndrica, o nível de vibração é mínimo,
fruto de um trabalho exemplar no dimensionamento e sincronização do eixo
balançeiro, pela engenharia da Yamaha
para torná-la suave em qualquer faixa de rotação. Com estas características,
qualquer motociclista se sente encorajado a acelerar firmemente e usufruir o
melhor que ela pode oferecer nos ambientes para os quais foi projetada: cidade,
estradas e rodovias.
Cidade
Seu peso (137 kg) praticamente não é percebido no meio dos
carros no trânsito urbano. Ela comporta-se como motocicleta pequena, com a
vantagem do pouco peso bem distribuído e do resultado de todo acerto do motor,
com o sistema de injeção eletrônica que oferece sempre a força na medida exata
e proporciona suavidade nas manobras. Como é um motor calibrado para altas
rotações alguns cuidados nas reduções é conveniente para não travar a roda
traseira. Em determinadas situações, pode haver necessidade de “queimar”
embragem para ganhar giro para uma manobra mais rápida no trânsito. As
suspensões são bem ajustadas e absorvem com tranquilidade as imperfeições do
piso, Apenas a traseira tem regulagem na pré carga da mola. Os freios a disco
estão dimensionados adequadamente e sua integração com as suspensões conferem
confiança para andar nessa street como se ela fosse uma trail nos obstáculos
urbanos. O consumo de combustível é surpreendentemente baixo no uso urbano.
Mais um ponto para a injeção eletrônica da Fazer 250, que oferece autonomia
próxima dos 400 km com um tanque de combustível, cuja capacidade de 19 litros leva
os mais desavisados a acreditarem que o marcador de combustível está quebrado.
A posição de pilotagem é natural e permite visibilidade do
painel e uso dos comandos intuitivamente. No painel de instrumentos está um
contagiros analógico e um mostrador em cristal liquido multifuncional, com
hodômetro total e dois parciais (trip1 e trip2), marcador de combustível e
relógio, além das luzes-espia. Outro destaque da Fazer 250 é o farol com
lâmpada de 55/60 watts, garantia de luminosidade e segurança em pilotagem
noturna.
As mesmas qualidades que a Fazer 250 apresenta na cidade,
são trazidas para seu uso em estradas e rodovias. Aceleração firme e linear,
facilidade para manter a velocidade de cruzeiro em faixa segura, economia de
combustível e grande autonomia. Apenas em algumas condições, principalmente com
condutor pesado ou com garupa, um pouco mais de motor (potência e torque) seria
bom. Nestas condições, o ideal é subir mais um degrau e partir para um aumento
de cilindrada ou um motor de dois cilindros de 250 cc de cilindrada.
A estabilidade e o equilíbrio se destacam, coincidindo com
as qualidades dos pneus que adicionam mais tração e confiabilidade. Na
traseira, aliás, a Yamaha incorporou o novo link da suspensão com roletes, o
que melhora o conforto, diminui a necessidade de manutenção e o risco de travar
os movimentos do link, o que ficou muito bom. Um item que está bem resolvido
também é o nível de ruído – bastante baixo. Para uma monocilíndrica que gira em
torno de 7 a 8 mil rpm em velocidade de cruzeiro, realizar longas viagens com a
Yamaha Fazer YS250 pode se tornar desgastante para o pequeno motor.
Sente-se a falta de ganchos que facilitem prender qualquer
tipo de carga quando se está sem garupa. Parece que a Yamaha quer forçar a
venda de acessórios como bauletos e bagageiros.
Análise técnica – avaliação
Todo o funcionamento do motor é assegurado pelo sistema de
controle que recebe leituras vários sensores. A Unidade de Controle Eletrônico
(ECU) monitora e analisa as informações de cada sensor e transmite os comandos
aos vários sistemas para que funcionem de forma ideal e atendam às mais
diferentes condições de pilotagem. Um bom exemplo é o sensor de ângulo de
inclinação, que interrompe a injeção do combustível quando há uma inclinação da
motocicleta superior a 65 graus. O controle da bomba de gasolina fornece
alimentação apenas enquanto houver um mínimo de combustível no tanque que
garanta o funcionamento da bomba de combustível sem avaria.
Motor
A Fazer 250 é equipada com um motor monocilíndrico, quatro
tempos de 249 cc e um comando para as duas válvulas simples no cabeçote (OHC)
que desenvolve 21 cv de potência a 8.000 rpm e torque de 2,10 kgf.m a 6.500
rpm. Responde bem em alta rotação, mas pede o uso da embreagem para retomadas
mais rápidas no trânsito ou numa saída de curva. Tem pistão forjado e o
cilindro é revestido de cerâmica dispersiva de calor, isso aumenta a robustez e
a longevidade e é muito bom, particularmente nesse tipo de motor que no uso em
estradas e rodovias mais rápidas, trabalha sempre perto demais da faixa
vermelha e o desgaste natural seria excessivo.
Excelente caixa de câmbio, encaixa sempre na faixa ótima de
giro em função de seu bom escalonamento. Nos casos explicados no quesito do
motor (baixa rpm) o motor demora a crescer. As passagens são bem definidas e
raramente se erra uma marcha. Alguns usuários podem se queixar de ser um pouco
barulhento mas não achamos relevante essa questão. A embreagem é ótima, bem
sensível, nunca altera seu ajuste ou dá qualquer tipo de vibração mesmo com
grande variação de temperatura.
Ciclística
A geometria da Fazer 250 é própria para superar obstáculos,
tem um longo trail de 104,5 mm e rake de 36,5º
O chassi é de berço duplo em aço com soldas extremamente bem
feitas e protegido por uma pintura de boa cobertura e resistencia. Sua
geometria se aproxima ao de uma off-road, caracterizado pelo longo trail de
104,5 mm e entreeixos proporcionalmente, curto mas que conta com um bom efeito
da balança longa porque seu baixo ângulo de ataque provoca pouca variação do
entreeixos ao longo do curso da suspensão.
Essa estratégia resultou em uma moto um pouco lenta nas
respostas, mas que por ser relativamente leve ainda é fácil para manobras da
cidade e mudanças rápidas de direção nas curvas das estradas. O resultado é que
mesmo em frenagem forte a frente se mantém controlável e pode-se até mudar de
direção durante a frenagem que a geometria e suspensões aceitam razoavelmente
bem uma mudança de direção ou um impacto em algum buraco. Uma ótima solução
para os mal conservados caminhos brasileiros.
Suspensão
As rodas aceitam as irregularidades do solo com muito bom
controle e tem boa progressividade a ponto de não serem afetadas por excesso de
carga. O ajuste na pré carga da mola traseira é bom para manter a atitude
correta da moto (sag).
Freios
Bem dimensionado na dianteira com 282 mm de diâmetro e dois
pistões nas pinças, ele responde com progressividade e potência, sem perder a
capacidade de modulação. Fácil aplicar com força até o limite de travar a roda
sem arriscar perder o controle. Considere que o pneu de boa qualidade ajuda
muito para isso.
O traseiro a disco tem 220 mm de diâmetro e se mostra bem
eficiente também. A posição do ajuste da altura do pedal de freio na unidade que
testamos estava muito alto, provocando o acionamento involuntário apenas
posicionando o pé sobre o pedal. Ajustado, não apresentou mais problemas.
Com vendas estáveis em torno de 3 mil unidades mensais desde
seu lançamento, a Yamaha Fazer YS250 representa o degrau imediatamente superior
das pequenas street urbanas de até 150cc. Sua concorrente direta, Honda CB 300
tem preço e desempenho semelhantes e a briga é saudável para o consumidor. A
Fazer, apesar de ter motor menor, exibe qualidades para ser merecedora da
preferência de muitos consumidores e objeto de desejo de outros tantos. A
Yamaha Fazer YS250 custa R$ 11.311,00 (Média FIPE abril/2011) e tem um ano de
garantia, sem limite de quilometragem.
Fonte: motoonline.com.br
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