A marca de motos elétricas aperfeiçoou sua naked (S) e sua
trail (DS) com motores mais potentes baterias mais duráveis.
A americana Zero renovou sua linha de motos e tivemos a
oportunidade de testar seus dois modelos mais conhecidos, o S e o DS,
respectivamente, uma naked e uma trail, que não só dobraram a potência como
também aumentaram a autonomia graças às novas baterias.
Estes novos modelos sobre os quais vamos falar aqui são
muito interessantes, mas para adquirir um terá de buscar auxílio de uma
importadora, o que não seria uma má ideia. Não requerem manutenção periódica
nem revisões, você seria um dos únicos a tê-la no país, não gastaria quase nada
com sua locomoção (apenas a eletricidade necessária para recarga) e
provavelmente não teria problemas de roubo ou furto.
Imagine uma moto que não faz barulho, não gasta gasolina,
nunca terá problemas de emissões, não tem caixa de câmbio e, portanto, não tem
embreagem nem marchas. Com a propulsão elétrica um bom número de peças frágeis
encontradas em motos convencionais são descartadas como radiador, cárter,
escapamento... E ainda por cima, para completar o pacote, tem performance
comparável à de algumas nakeds médias. Estas são as características que tornam
estas motos fantásticas.
Este ano a fabricante renovou toda sua gama. Receberam
modificações estéticas, aumento de potência e, o mais importante, aumentou-se a
autonomia. O tempo de recarga foi reduzido, graças a carregadores de maior
capacidade, e agora pode ser feita em apenas uma hora. Desenvolveram também um
aplicativo para smartphones que permite definir os parâmetros da moto de forma
simples.
Em sua apresentação à imprensa, pudemos testar os modelos S
e DS. Primeiramente notamos as mudanças no design, praticamente todos os
plásticos são novos. Está distante do visual anterior, ficou mais tradicional.
Não fosse pelo enorme bloco da bateria, poderia se confundir uma destas com uma
moto convencional.
Ambos os modelos agora estão equipados com o novo motor
Z-Force, que gera o dobro da potência do anterior. Saltou de 28 para 56 cv, e
9,4 kgf.m de torque. Tem dois modos de funcionamento, Sport, no qual toda a
potência é liberada, e ECO, que pode ser regulado pelo aplicativo de celular, o
qual permite definir a velocidade máxima, intensidade dos freios regenerativos,
potência, etc. No modo Sport a aceleração é fulminante e o acelerador é
extremamente sensível e preciso. Os representantes da marca afirmam que a
aceleração de 0 a 100 km/h acontece em menos de 5 segundos. A velocidade final
está limitada a 153 km/h. Com a transmissão direta, agora por correia, não há
manete de embreagem nem alavanca de câmbio, é só acelerar e frear. Rodando no
modo ECO colocamos o freio regenerativo no máximo e pudemos notar uma melhora
na duração da bateria.
Os dois modelos usam o mesmo chassis, só se diferenciam pela
posição de condução e pelas rodas. A DS tem rodas raiadas, dianteira de 19” e
traseira de 17”, pensadas para um possível uso na terra, enquanto a S tem rodas
de liga leve de 17”, voltadas para uso no asfalto. Ambos são pouco volumosos. O
bloco de bateria é pesado, mas está muito bem colocado e não se nota quando em
movimento. A distribuição de pesos foi muito bem estudada. Em movimento elas se
demonstraram fáceis de domar. Entram com decisão nas curvas e se mostram ágeis
ao passar por várias com rapidez. Outra novidade são os freios Nissim, com um
disco dianteiro e outro traseiro.
Um dos principais avanços conquistados pela Zero foi o
aumento da voltagem de 66 para 102 volts, no que eles chamam de Power Pack, o
conjunto que inclui bateria e motor. Os dois modelos são oferecidos em duas
versões, nas quais varia apenas a capacidade da bateria (e a autonomia), a
potência se mantém. Há uma versão com bateria de 8,5 e outra de 11,4 kWh,
separadas por US$ 2 000. O tempo de recarga é diferente, leva mais tempo para
recarregar a bateria de maior capacidade, que pesa 15 kg a mais que a outra.
Na
apresentação testamos apenas as versões de maior capacidade. Fizemos um traçado
de 140 km, alternando entre os modos Sport e ECO, e ao terminar ainda restavam
duas barras da bateria. No modo ECO a autonomia pode chegar a 220 km. As motos
possuem um sistema que progressivamente reduz a potência quando resta pouca
bateria, para evitar sustos.
O único ponto negativo é o preço. A versão mais cara da S
custa US$ 15 995 nos EUA, cerca de US$ 1 000 a mais do que é cobrado por uma
Yamaha R1 naquele país.
Galeria de fotos:
Fonte: Motociclismo Terra
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